ETERNAL BLASPHEMY ZINE
Edição 3 - 11 de Junho de 2011
Fernando Count Old Criador de quatro One Man Bands infernais: Count Old, Anti Life, Neblina Suicida e a horda no qual se foca a entrevista abaixo, OLD THRONE.
Oriundo de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, este guerreiro profanou os ares honrando com o Metal Nacional e presenteando os Hellbangers com suas malevolências na arte do Metal.
Costumo dizer que o OLD THRONE é o DarkThrone Brasileiro como uma forma simples de resumir, mas em momento algum curta esta One Man Band esperando ver algo gringo, pois além de ser blasfemado em Português, possui traços grosseiros do Undergroud Brasileiro.
Tal como o modo de atacar os porcos cristãos e defender o Metal. Assim como Nietzsche vejo nas letras do OLD THRONE um mesmo consenso ao se tratar dos fracos (quem leu “O Anticristo” pode ver nítido o que digo).
Para entendermos melhor esta horda e como fim as idéias de seu único integrante, nos acompanhe nesta entrevista feita com Fernando Count Old.
Saudações, blasfemo guerreiro! Hail !!!
E.B.Z – O que o levou criar o Old Throne?
Saudações, blasfemo guerreiro! Hail !!!
E.B.Z – O que o levou criar o Old Throne?
Fernando Count Old: Hails! OLD THRONE é a minha primeira e principal bandeira na guerra contra os fracos, hipócritas e bestializados deste mundo.
A idéia de formar o OLD THRONE veio antes de 2007, para ser mais preciso foi no fim de 2006, porém, só comecei a por em prática o OLD THRONE em Março de 2007.
Toco bateria desde os meus 14/15 anos, porém, eu nunca tinha atuado em outras bandas e por isso no fim de 2006 me veio à idéia de começar a atuar não só como baterista, mas sim também como: Guitarrista, baixista, Vocalista e mais tarde também atuando como tecladista.
E.B.Z - Fale um pouco de cada Demo e o que elas trazem de histórico.
Fernando Count Old: No caso o OLD THRONE só tem uma Demo e essa Demo leva o titulo “O Ódio é Só o que Resta”. A história desse trabalho é bem simples, eu estava de visita na casa da minha esposa que na época ainda estávamos namorando, o irmão dela estava com a guitarra dele ligada, e eu pedi a ele se eu poderia gravar algumas músicas só para fazer um teste nas músicas que eu estava planejando lançar na primeira Demo do OLD THRONE, ele me emprestou a guitarra e eu comecei a gravar algumas músicas.
Coloquei uma bateria tosca pra cacete “bateria no teclado” e gravei o vocal em um microfone de computador. As músicas não contaram com Baixo e na época que eu gravei essas músicas eu estava tocando guitarra há apenas 3 meses.
E.B.Z – Relacionado à pergunta anterior, relate o material de maior importância para o OLD THRONE e o porquê dessa importância?
Fernando Count Old: Acho que todos os trabalhos do OLD THRONE são importantes, pois eles mostram a minha evolução tanto como musico como na minha maneira de pensar.
E.B.Z – Porque não ter unificado todos os seus feitios com as outras hordas somente no OLD THRONE?
Fernando Count Old: Minha mente é algo que esta em constante evolução e isso esta me mostrando como abordar várias temáticas e penso que os temas líricos de uma banda tem que se encaixar em sua sonoridade.
O OLD THRONE hoje tem um ar mais poético em suas letras é por isso que a sua sonoridade mudou tanto desde o EP “O Black Metal Jamais Morrerá” até os dias atuais.
O Count Old não tem letras, porém, em sua sonoridade da pra sentir um lado mais simples e oculto da minha mente.
O Anti Life é puro ódio, não ligo para comentários idiotas que acham que esse projeto deveria ter letras bonitinhas. Esse projeto visa um lado sujo do mundo e a sua maior meta é mostrar o lado mais bizarro e cruel do mundo.
O Neblina Suicida mostra um ar mais triste de se encarar a vida, pois apesar de seus temas líricos fazerem apologia a: Depressão e o Suicídio eu também poderia por nele temas pessoais como temas líricos já que algumas letras desse projeto falam sobre mim mesmo e sobre os meus momentos de extrema tristeza.
Ou seja, ambos os trabalhos tem a sua própria identidade, pois as suas sonoridades e letras são bem distintas.
E.B.Z – Você já recrutou integrantes para alguma apresentação ao vivo ou ao menos pensa nisso?
Fernando Count Old: Convites já foram feitos para apresentações com o OLD THRONE, porém no momento não penso em fazer shows.
Conheço grandes guerreiros aqui no Brasil e sei que se eu precisar, esses guerreiros topariam em se apresentarem comigo, mas no momento show é algo que não esta nos meus planos.
E.B.Z – Quais os piores impasses enfrentados por ti para que o OLD THRONE prevalecesse?
Fernando Count Old: Já tive que aturar muitas coisas nesses 4 anos que eu estou levando o OLD THRONE.
Já aturei: Pirralhos modistas que só porque tocam uma guitarra e ficam gritando, se acham os criadores do Black Metal e tentam denegrir a imagem do OLD THRONE como uma banda que não apóia bandas novas. Apoio somente quem merece!
Já aturei até: Bandas de idiotas, fracassados que ficam com raiva de mim por eu conseguir um simples lançamento e tentam sujar a minha imagem com os selos.
Já passei por poucas e boas, mas sempre que um idiota ataca o OLD THRONE isso só me dar mais forças para continuar!
E.B.Z – Podemos ver claramente na letra “O Black Metal Jamais Morrerá” que toda uma força, todo um orgulho supremo ao Black Metal, é mais compreensível. O que realmente me prendeu a atenção é a letra “Eu me Arrasto Para meu Abismo”, pois soou bem mais pessoal. Você pode nos dizer um pouco sobre ela.
Fernando Count Old: A letra da música “Eu me Arrasto Para meu Abismo” foi criada na época que o OLD THRONE ainda abordava Depressão nos seus temas líricos, porém em 2010 eu parei de abordar essa temática no OLD THRONE e passei esse ar pessimista para o meu outro projeto “Neblina Suicida”.
A letra “Eu me Arrasto Para o meu Próprio Abismo” mostra um mundo onde você só tem duas opções: sinta-se um nobre com a sua solidão ou viva ao lado de parasitas que só desejam a sua desgraça. Essa música é muito pessoal, pois, eu a compus em um momento muito solitário de minha vida.
E.B.Z – Um dos trabalhos do OLD THRONE é intitulado “O Black Metal Jamais Morrerá”. Voltado nesta idéia, vemos que na cena atual está se desenvolvendo várias subdivisões no meio Black Metal enfraquecendo o contexto original. Como acha que se define esta situação?
Fernando Count Old: Temos que avaliar bem essas tais subdivisões no Black Metal, pois o Black Metal é para guerreiros e não para moleques modistas e velhos conformistas que acham que Black Metal não passa de um simples estilo musical.
E.B.Z – De onde busca inspiração para compor com toda esta atmosfera nefasta?
Fernando Count Old: Pode até parecer clichê de banda de Black Metal, mas grande parte das minhas letras compus em cemitérios.
Eu trabalhava como coveiro aqui em minha cidade atual "Nova Friburgo" e esse trabalho era muito imprevisível. Tinha dias que eu não parava quieto, mas na maior parte do tempo era muito calmo e sempre me sobrava tempo, então eu ficava focado nas minhas composições no OLD THRONE, porém, algumas letras que foram feitas nessa época acabaram se encaixado melhor no Anti Life, pois em alguns dias eu estava com a cabeça mais focada em temas relacionados a ódio.
E.B.Z – A final, como pode se definir os fins ideológicos no OLD THRONE?
Fernando Count Old: OLD THRONE é um grito de guerra contra qualquer forma de opressão ao verdadeiro entendimento da nossa existência!
Valorize a sua natureza, batalhe contra os tiranos que querem apagar toda a nobreza que você possui e lute contra qualquer pensamento primitivo que queira te acorrentar a um mundo sujo, dominado pela mentira onde a honra é vista como loucura.
A sua honra é a sua porta para a real imortalidade, pois, uma mente que tem a honra como a sua bandeira é sem dúvida uma mente de um verdadeiro guerreiro e isso é fazer por merecer a sua imortalidade!
E.B.Z – Está é a pergunta que não quer calar! Queria entender realmente o que o levou a criar quatro One Man Bands onde é o único integrante, pode me explicar o que o levou a este caso raro no metal mundial?
Fernando Count Old: Eu não gosto de misturar as coisas e por isso quis dividir minha obra em 4 partes.
Quando se cria uma coisa, ela deve servir a um propósito e não a vários!
OLD THRONE é o meu lado racional! Count Old é o meu lado mais oculto, Anti Life é o meu lado irracional e o Neblina Suicida é o meu lado pessimista.
E.B.Z – Você que demonstra tanta garra e orgulho em seu som, o que é o verdadeiro Black Metal em sua opinião?
Fernando Count Old: Honra, sabedoria e atitude! Black Metal é uma arte nobre feita pelas mãos de guerreiros para guerreiros!
E.B.Z – O satanismo é um dogma, uma religião. Isso é fato! Assim como o catolicismo. Desse modo, como você acha que se define o satanismo em meio o black metal?
Fernando Count Old: O que eu vou dizer aqui é algo que eu jamais disse em nenhuma outra entrevista e talvez isso faça muitos pensarem “O que esse cara esta fazendo no Black Metal?”, porém, a minha visão do Satanismo é algo bem claro e que as mentes mais evoluídas já sabem muito bem. O Satanismo é o oposto do catolicismo “cristianismo” ambos estão interligados como os dois lados da mesma moeda.
Um precisa do outro para existir, pois, sem Satã o cristianismo não tem o porquê existir e sem Deus o Satanismo não tem o porquê existir.
As pessoas nascem, vivem e morrem com a idéia que elas merecem algumas regalias após as suas mortes devido aos seus atos aqui na terra, tudo isso não passa de historinhas, pois a única coisa que vem além da morte são os vermes que devoram a nossa carne. Só existe um modo de viver além da morte que é viver na história, fazendo algo digno aqui na Terra para deixar as suas idéias, palavras e obras para serem lembrados como um ser que fez por merecer a sua vida.
Sou a um bom tempo uma pessoa que ignora o que tenta me escravizar. Já acreditei nas tais supremacias invisíveis e isso eu não nego, porém, depois que eu bani essas coisas da minha vida eu só cresci e acho que isso é o que muitos precisam rever em suas vidas.
Precisamos tornar o Black Metal em um gênero com pensamentos reais e não podemos ficar nos escravizando em nome de uma cultura criada pela primitiva mente humana. Black Metal é lugar para mentes evoluídas e não para escravos!
E.B.Z – Você se considera satanista ou parte do satanismo?
Fernando Count Old: Não me considero satanista, jamais falei de satã em meus trabalhos e não me considero parte do satanismo. Respeito o satanistas por eles estarem lutando no mesmo campo de batalha que eu na guerra contra o cristianismo e respeito alguns satanistas por serem pessoas que me respeitam, mas, a partir do momento que me faltarem com respeito eu também não irei respeitá-los.
E.B.Z – Em vez de ficar somente em blasfêmias faladas, você apóia violência em sangue, agressividade, ataques de fogo e destruição contra instituições cristãs como uma forma de fazer-lhes pagar por tamanho câncer que são no mundo ou por um objetivo pessoal?
E.B.Z – Em vez de ficar somente em blasfêmias faladas, você apóia violência em sangue, agressividade, ataques de fogo e destruição contra instituições cristãs como uma forma de fazer-lhes pagar por tamanho câncer que são no mundo ou por um objetivo pessoal?
Fernando Count Old: Considero o cristianismo não só um câncer, mas também como a coisa mais idiota que a humanidade já criou.
O cristianismo: Humilhou, torturou e assassinou toda a nobreza que havia na Terra e é por isso que eu não hesito em dizer que o cristianismo é um verdadeiro câncer na Terra e todos os seus seguidores sejam eles quem for, são meus inimigos!
E.B.Z – Quais suas influencias ideológicas fora qualquer arte do metal.
Fernando Count Old: Não existem ideologias secretas na minha vida!
Sou um homem que ignora pensamentos ultrapassados e defendo os meus pensamentos custe o que custar!
A minha ideologia é o meu Black Metal!
E.B.Z – Existe alguma curiosidade ou algo importante que queira nos contar?
Sou um homem que ignora pensamentos ultrapassados e defendo os meus pensamentos custe o que custar!
A minha ideologia é o meu Black Metal!
E.B.Z – Existe alguma curiosidade ou algo importante que queira nos contar?
Fernando Count Old: Não sei se isso pode ser um fato curioso, mas poucos sabem que o EP “O Black Metal Jamais Morrerá” do OLD THRONE foi gravado 1 mês depois de eu ter sofrido um acidente que quase tirou os movimentos de alguns dedos da minha mão esquerda.
No começo das gravações do EP “O Black Metal Jamais Morrerá” eu sofri queimaduras de 1° e 2° grau em parte da minha mão, mas em menos de duas semanas mesmo com algumas partes da minha mão estando em carne viva, eu já estava tentando tocar meu violão e isso me ajudou bastante, pois, fez alguns de meus dedos não perderem os movimentos.
Em pouco mais de 1 mês eu já estava finalizando esse meu 2° registro com o Old Throne e apesar de algumas músicas não terem saído como o esperado, esse trabalho “O Black Metal Jamais Morrerá” foi bem aceito pelo guerreiros que o aguardava.
E.B.Z – Se pretende deixar um comunicado aos Hellbangers que lerem esta entrevista, eis aqui o espaço.
Fernando Count Old: Primeiramente quero agradecer a minha esposa “Ticia”, pois essa mulher é sem dúvidas a pessoa que mais me apóia em minha jornada no Black Metal além dela ser uma grande guerreira.
Gostaria de te agradecer por essa oportunidade em seu Zine, gostaria de deixar meus agradecimentos ao apoio de todas as pessoas, bandas, zines, rádios, webzines e webradios que me apóiam nesses 4 anos que eu estou com o OLD THRONE e também gostaria de agradecer o apoio que eu venho ganhando em meus outros projetos: Count Old, Anti Life e Neblina Suicida.
Peço aos reais guerreiros do Black Metal que se eles se interessam em manter contato comigo é só me procurar no
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